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HELENE, Paulo Roberto do Lago; LANDI, Francisco Romeu. Contribuição ao estabelecimento de parâmetros para dosagem e controle dos concretos de cimento portland. Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP, São Paulo, n. 63, 1992.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 27 (Com arquivo PDF disponíveis: 14)
Citações: 36
Índice h: 6  
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Resumo

Apresenta-se inicialmente a evolução histórica - no exterior e no Brasil - dos métodos de dosagem e de controle da qualidade dos concretos destinados a obras correntes. Os conceitos fundamentais de dosagem e controle são revistos, propondo-se uma metodologia geral, na qual as diversas etapas e atividades que compõem um estudo de dosagem são analisadas pormenorizadamente. A partir dos aspectos comuns a diferentes métodos de dosagem e da interação dosagem com controle, estuda-se a viabilidade do estabelecimento de curvas médias de referência para a correlação da resistência à compressão com a relação água/cimento, e de curvas médias de evolução relativa da resistência à compressão com a idade, próprias de cada tipo e classe de cimento. As curvas médias de referência são obtidas através de resultados de ensaios de amostras de cimento de todas as fábricas instaladas no território nacional. As relações água/cimento estudadas foram de 0,38; 0,40 0,58; 0,68 e 0,78 com ensaio de ruptura à compressão axial às idades de 3, 7, 28 e 91 dias, para os cimentos Portland Comuns, de Alto Forno e Pozolânicos, nas classes 25 e 32, cobrindo-se a grande maioria das situações reais de obra. Os resultados obtidos mostraram-se confiáveis e sua utilidade foi demonstrada através de estudo experimental de duas famílias de concretos amassados com agregados de características bem diversas. A variabilidade da resistência à compressão do concreto é deduzida analiticamente a partir do modelo clássico proposto par Abrams, obtendo-se uma equação função da relação água/cimento, da variabilidade da relação água/cimento, da variabilidade das operações de ensaio, da resistência média do cimento à compressão e da variabilidade desta resistência. Este modelo e comprovado experimentalmente através da análise, por regressão múltipla, de resultados de ensaios mensais efetuados pelo IPT no transcorrer de 202 meses (ano 64 a ano 81). O resultado obtido mostra a inadequação da adoção do desvio padrão ou do coeficiente de variação como constantes absolutas, características da uniformidade do processo de produção dos concretos, qualquer que seja o nível de resistência média considerada. O cálculo da resistência de dosagem conforme proposto no texto da NB-1/1960 da ABNT, no texto da NBR 6118/1978 e mesmo em trabalho anterior já publicado pelo autor, é criticado à luz dos novos conhecimentos. Para a fixação de parâmetros subjetivos de variabilidade da resistência dos concretos a serem introduzidos no cálculo da resistência de dosagem, efetua-se enquete nacional à maioria dos Laboratórios de ensaios de materiais e componentes. As informações e resultados obtidas mostram a conveniência de alterar os valores especificados no atual texto da NBR 6118 para melhor refletir a evolução dos processos de produção dos concretos, havida nos últimos anos.
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