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Paz, Luciana Rocha Leal da et al. Uma visão sociológica do espaço urbano nas transformações do paradigma ambiental sustentável. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE EDIFICAÇÕES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS, 3., 2003, São Carlos. Anais... São Carlos: ANTAC, 2003.
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Resumo

As questões ambientais envolvendo a produção do espaço urbano decorrem não somente da relação entre homem e natureza, mas também das relações dos homens entre si, referindo-se tanto ao meio físico propriamente dito quanto às ações da sociedade. A apropriação e transformação do meio ambiente gera benefícios que fazem parte das demandas do desenvolvimento, mas também produzem alguns desvios indesejáveis, se transformando em problemas que devem ser combatidos. Neste sentido, a complexidade deste processo se reflete na reprodução das relações sócio-espaciais e se realiza no cotidiano da população, gerando uma diferença de valores assumida pelas áreas urbanas que se expressa na segregação social do espaço. A produção gerida pela lógica capitalista, baseada na maximização do lucro, é evidenciada na segregação territorial e na qualidade de vida experimentada nos diferentes bairros das cidades. Assim, a sustentabilidade pode ser colocada como um paradigma que dá suporte à formulação da possibilidade de sustentabilidade urbana, permitindo considerar possível o desenvolvimento urbano em bases sustentáveis. Este artigo analisa os fatores sociais que envolvem a formação do espaço urbano, consolidando as intercessões sócio-culturais e ambientais inerentes às transformações paradigmáticas nos critérios de sustentabilidade propostos na Agenda 21.

Abstract

The environmental subjects involving the production of the urban space emerges not only from the relationship between man and nature, but also from man’s relationships among themselves, referring either to the physical environment itself or to the actions of the society. The appropriation and transformation of the environment generates benefits that are part of the developmental demands, also producing some undesirable deviations, which turned out as problems that should be managed. In this sense, the complexity of this process is reflected in the reproduction of the social-spatial relationship and is accomplished in the daily lives of the population, generating a difference of values assumed by the urban areas that is expressed in the social segregation of the space. The production managed by the capitalist logic, based on the profit maximization is emphasized in the territorial segregation and in the quality of life in different neighborhoods of cities. Thus, the sustainability can be placed as a paradigm that gives support to the formulation of urban sustainability, which allows one to consider possible the urban development on sustainable basis. This article analyzes the social factors that were involved in the formation of the urban space, consolidating the social-cultural and environmental intersections of the paradigm transformations that were included in the sustainable criteria proposed by the Agenda 21.
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