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LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando Oscar Ruttkay. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo. PW, 1997. 192p.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 7 (Nenhum com arquivo PDF disponível)
Citações: 114
Índice h: 7  
Co-autores: 2

Resumo

0 objetivo deste livro é o de introduzir os principais conceitos relativos ao manejo e controle do consumo de energia nas edificações, tendo como critério central de projeto o conforto dos usuários. Um dos pressupostos é de que os conceitos físicos básicos precisam ser bem entendidos e assimilados quando se busca aplicar e implementar o controle ambiental de modo inteligente. Para isso, o livro baseia-se intensamente em esquemas e diagramas conceituais e analogias para guiar o leitor ao entendimento intuitivo sobre como o aquecimento, resfriamento e iluminação afetam as pessoas, o projeto das edificações e a energia utilizada pelos principais sistemas mecânicos e elétricos. Até meados do século XX, o arquiteto se via, de certo modo, obrigado a considerar as condições climáticas para o projeto do envoltório das edificações; era preciso reconhecer com certo detalhe os efeitos positivos e negativos do clima, para o desenvolvimento de estratégias adequadas ao seu aproveitamento ou rejeição. A rápida evolução tecnológica pós-Revolução Industrial mudou quase tudo. 0 arquiteto foi literalmente liberado para buscar outros paradigmas que não os resultantes da consideração dos elementos naturais. Embora encontremos nesse período exemplos arquitetônicos notáveis nos quais se identifica a manutenção de princípios bioclimáticos históricos, os desenvolvimentos na área de sistemas estruturais, na produção do vidro e, posteriormente, no advento da luz elétrica contribuíram para retirar a função térmica do envoltório e passá-la aos sistemas mecânicos de aquecimento e refrigeração, e para substituir as aberturas na função de fontes de luz primárias. 0 embargo do petróleo em 1973 e o conseqüente aumento dos preços da energia sacudiram a sociedade, forçando todos os setores a reavaliar suas práticas de uso de energia. Medidas emergenciais, como conservar os recursos simplesmente por não usá-los, ou seja, desligando as lâmpadas e ajustando os termostatos, foram as mensagens patrióticas do dia. 0 embargo cessou, mas os preços se mantiveram altos; além disso, a sociedade tem sido forçada a encarar e apontar soluções para a crescente degradação ambiental do planeta. Com essa pressão e a oportunidade de uma resposta mais sensível e efetiva para uma mudança de perspectiva no projeto do ambiente construído, a atenção tem se voltado para estratégias de eficiência energética através do uso mais racional dos recursos naturais. Entretanto, se para o cliente ou investidor o interesse e o apoio a uma posição de uso mais eficiente da energia passam apenas por uma análise de custo/benefício, para o arquiteto a questão é bem diferente. A tarefa assume outra magnitude, exigindo uma reavaliação dos métodos e estratégias de projeto; isso exige a retomada de um conhecimento básico imprescindível para o resgate da função perdida de projetista integrador. Nesse sentido, este livro é dirigido a todos que atuam na área de projeto, construção e operação do ambiente construído; com uma linguagem adequada tanto para estudantes universitários, em particular dos cursos de arquitetura e engenharia civil, como acadêmicos e pesquisadores e, especialmente, para os profissionais arquitetos, planejadores urbanos e engenheiros, dos quais se espera, na prática, a implementação dos conceitos apresentados.
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