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SANTOS, Mauro; GUIMARÃES, Eduardo. HABITAÇÃO SOCIAL: UMA SISTEMÁTICA PARA ANÁLISE DO PROJETO. In: CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE HABITAÇÃO SOCIAL, 2003, Florianópolis. Anais... Florianópolis: UFSC, 2003.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 17 (Com arquivo PDF disponíveis: 8)
Citações: 30
Índice h: 2  
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Resumo

Este trabalho propõe uma sistemática que possa auxiliar a análise do projeto da unidade de habitação popular, pertencente a um grupamento horizontal ou vertical. O objetivo foi o de construir um instrumento, conceitual e metodológico que pudesse servir ao poder público, e eventualmente a setores privados, na avaliação de projetos de habitação social. Percebe-se que os modelos de habitação que não incorporaram conceitos vitais da arquitetura, que não incluem alguma forma de entendimento quanto ao significado da casa, quanto à identidade dos espaços, perdem cada vez mais valor junto à opinião pública, junto aos próprios governantes, e sobretudo junto aos usuários. Falamos aqui do modelo dos "conjuntos habitacionais", onde numerosas famílias de baixo poder aquisitivo, por falta de escolha, acabam por compartilhar espaços de uma cidade isolada, mal atendidos pelos serviços públicos, espaços que ainda colaboram para anular a identidade de seus moradores. Tais sintomas são evidências de que à arquitetura da habitação social não cabe permanecer em plano posterior ao econômico, como simples expressão dos recursos financeiros, que por natureza serão sempre limitadores. Consideramos por isso que a importância deste trabalho é a de buscar contribuir no desenvolvimento da análise crítica da arquitetura da habitação, que busca também intervir na lógica que define a "habitação popular" como sinônimo de casa pequena, desconfortável e carente de constantes reparos sempre de baixo custo inicial e altíssimo custo final. Desenvolvemos neste trabalho uma abordagem que privilegia a análise de aspectos espaciais como flexibilidade, circulação, interconexões, embora outros parâmetros tenham sido também considerados, como os de conforto ambiental, e econômicos. Neste sentido, o trabalho se justifica, considerando-se as atuais e futuras demandas para produção de unidades habitacionais voltadas a populações sem acesso à habitação formal.
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