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Leão Júnior, Ricardo Sérgio; BITTENCOURT, Leonardo Salazar. “Edifícios inteligentes”, propaganda e mercado imobiliário da cidade de Maceió-AL. ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 12., 2008, Fortaleza, CE.
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Resumo

Proposta: O desenvolvimento sustentável é uma questão muito discutida em várias áreas de conhecimento e possui diferentes abordagens conceituais. O ambiente construído é uma área que possui ligação muito estreita com a prática de atitudes que afetam o desenvolvimento sustentável. As edificações respondem por aproximadamente 40% do consumo de energia global. Portanto, o aumento da eficiência energética do ambiente construído, através da utilização de edifícios mais inteligentes no sentido de reduzir o desperdício de energia, é uma questão crucial para a sustentabilidade do planeta. No entanto, na prática, essa visão parece estar sendo utilizada mais como um fator de valorização financeira do que como uma contribuição efetiva na produção de ambientes mais sustentáveis. O presente artigo realiza uma análise da utilização do conceito de “edifício inteligente” pelo mercado imobiliário na cidade de Maceió-AL. Método de pesquisa/Abordagens: Partindo da discussão sobre o conceito de “inteligência” e “edifício inteligente”, apresenta um estudo de caso em um edifício residencial, enquadrado pelo mercado imobiliário de Maceió como “edifício inteligente”, analisando suas características arquitetônicas, o uso de estratégias passivas e ativas (dispositivos de automação) empregados no edifício os quais são citados como “inteligentes” por parte da propaganda imobiliária, comparando-os com o que deveria ser entendido como edifício realmente inteligente. Resultados: O estudo conclui que o conceito de inteligência vem sendo utilizado de forma inadequada pelo mercado imobiliário e que o termo “edifício inteligente” é mais utilizado como uma ferramenta de sedução de mercado do que como uma caracterização embasada no real significado de inteligência. Contribuições/originalidade: Discussão sobre o embate entre o significado científico de inteligência e a denominação “edifício inteligente” utilizada por parte do mercado imobiliário da cidade de Maceió-AL, concluindo que o que realmente é inteligente é a propaganda imobiliária.

Abstract

Propose: The sustainable development ideas have discussed among several areas of knowledge, as it may be understood from diverse conceptual approaches. The built environment presents close relation with attitudes affecting sustainable development. Buildings have been consuming nearly 40% global energy production. Increasing energy efficiency in the built environment, through intelligent buildings as energy savers, is a basic issue for the planet sustainability. In practice, however, this approach has been utilized mainly to add economic value to buildings. This paper discusses the use of ‘intelligent building’ terminology by the construction sector in Maceio city. Methods: Based on a discussion regarding the meaning of ‘intelligence’ and ‘intelligent building’, a so called intelligent building has been examined considering its architectural characteristics, the use of active and passive strategies used, features that have been used by the marketing. These features are compared to what should be considered an intelligent building indeed. Findings: Results have shown that the concept of intelligence has been improperly used by the building marketing as a seduction tool instead of real meaning. Originality/value: Discussions regarding divergence between intelligence scientific meaning and the so called ‘intelligent building’, sed by the marketing in Maceió city, have led to the conclusion that what is really intelligent is the propaganda which improperly uses the term to sell inadequate buildings.
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