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DUARTE, Denise Helena Silva. Estado da arte em clima urbano e planejamento. In: NUTAU: SUSTENTABILIDADE, ARQUITETURA, DESENHO URBANO, 4., 2002, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 2002. p. 1102-1111.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 10 (Com arquivo PDF disponíveis: 8)
Citações: 5
Índice h: 1  
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Resumo

Este trabalho apresenta o estado da arte em Clima Urbano e Planejamento, relacionando os fenômenos climáticos urbanos com os padrões de uso e ocupação do solo, com o projeto dos espaços abertos e com o desenho dos edifícios. Estudos anteriores demonstraram as relações entre o fator de visão de céu nos canyons urbanos e a temperatura do ar (TAHA, 1988, SAKAMOTO, 2001) e o grau de correlação entre as variáveis taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, presença de água e vegetação, com a temperatura do ar (DUARTE, 2000). Já é viável a simulação das trocas de calor sensível em modelos físicos reduzidos com diferentes configurações para adensamento e altura em cidades tropicais continentais (ASSIS, 2000), e a simulação das condições de ventilação urbana (SILVA, 1999). A compatibilidade entre verticalização, alta densidade ocupacional e manutenção da ventilação em áreas urbanas, e a possibilidade de se criar oásis urbanos, com microclimas mais amenos do que nas condições naturais, vêm sendo relatadas em diferentes experimentos por diversos autores. Hoje o desafio maior é a compreensão desses fenômenos em megacidades, como São Paulo (TARIFA e AZEVEDO, 2001), caso em que a interação entre esses fatores torna-se muito mais complexa. As últimas medições do balanço de energia em áreas densamente ocupadas (OKE, 1999) demonstraram que não se pode aplicar as mesmas relações já encontradas em áreas menos urbanizadas. Uma vez compreendidos os fenômenos, o problema consiste em definir as condições concretas para a recuperação das condições de conforto higrotérmico nas cidades, assim como em indicar a instrumentação legal e técnica necessária à sua implementação.

Abstract

This paper presents the state of the art in Urban Climate and Planning, relating urban climatic phenomena to urban land use patterns, to the urban design of open spaces and buildings. Former studies showed the relations between sky view factor in urban canyons and air temperature (TAHA, 1988, SAKAMOTO, 2001) and the degree of the correlation between the percentage of the land covered by structures, floor area ratio, tree canopies projection and water bodies with air temperature (DUARTE, 2000). It is possible do simulate sensible heat transfers in physical models with different configurations of density and building’s height for continental tropical cities (ASSIS, 2000), and to simulate urban ventilation conditions (SILVA, 1999). The compatibility among verticalization, high population density and ventilation in urban areas as well as the possibilities to create urban oasis have been reported by several authors. Nowadays the challenge is to understand these phenomena in mega cities, such as Sao Paulo (TARIFA e AZEVEDO, 2001), in which the interaction among all these factors are much more complex than in less urbanized areas. The latest energy balance measurements in very densely occupied areas (OKE, 1999) demonstrated that the correlations established for less urbanized areas cannot be applicable. Once the phenomena are understood, the issue becomes the definition of the real conditions to ameliorate the microclimate in cities, as well as to indicate the legal and technical support to their implementation.
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