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SERRA, G. G. Pré moldados e habitação social. In: NUTAU: TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO, 3., 1997, São Paulo. Anais… São Paulo: USP, 1997. p. 269-272.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 12 (Com arquivo PDF disponíveis: 4)
Citações: 2
Índice h: 1  
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Resumo

Durante o NUTAU'96, as sessões intensivas dedicadas ao tema "Pré-Moldados e Habitação Social", procuraram enfrentar um dos problemas mais complexos dentre aqueles gerados pelo processo de aglomeração urbana: prover habitação em quantidade, qualidade e custo compatíveis com a demanda. A produção da habitação social - assim chamada em função da sua inserção na problemática social mais geral - sempre esteve ligada à questão da eficiência das técnicas empregadas, entendida como a produção de mais unidades com os mesmos recursos ou das mesmas unidades com menos recursos. Tem-se procurado aumentar a eficiência na produção das casas com a racionalização e a industrialização da construção. Daí decorrem as propostas para intensificar a aplicação de partes prémoldadas, isto é, de componentes repetitivos, produzidos em série em instalações industriais, dotadas de melhores condições que o canteiro para o controle tecnológico e de custos. A contribuição de Marisa Carmona vem colocar a questão nos quadros da globalização e do desenvolvimento sustentável das formas urbanas. Essa percepção é particularmente importante porque estabelece uma correlação entre a globalização e a nova fase da urbanização. De fato, a globalização parece estar imbricada com a descentralização e a privatização de inúmeras atividades e serviços até recentemente considerados como peculiares ao estado, sinalizando no sentido da redução do seu tamanho. A produção da habitação social é uma das áreas que parecem estar em processo de privatização quer pela construção de grandes conjuntos por investidores privados, quer pela importância que assume a autoconstrução. Isso torna ainda mais complexo o controle da forma urbana metropolitana. Akemi Ino, Ioshiaqui Shimbo, Juliana Barbosa e Elizabeth Arakaki vieram mostrar as grandes potencialidades dos materiais e técnicas alternativas, tão importantes em países tropicais, onde uma grande disponibilidade de bambus e resíduos de madeira não vêm sendo considerados como uma solução para a produção de habitações sociais. Da mesma forma, Osny Ferreira, Isac Silva, Rosa Sposto e Cláudia Amorim demonstraram as enormes possibilidades abertas pelas argamassa armada. De fato, o desenvolvimento recente dos superfluidificantes e da sílica ativa, tem possibilitado a produção de pré moldados de argamassa armada muito esbeltos, uma vez que a redução da relação água/cimento e o aumento da compacidade dessas argamassas, contribuem muito para reduzir a permeabilidade e a carbonatação.
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