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MÉLO, A. B. de; SILVA, I. J. de; LIBORIO, J. B. L. Influência da temperatura de cura no desenvolvimento da resistência à compressão de matrizes de cimentos Portland com adições : cálculos aproximados das contribuições parciais e individuais da escória de alto forno e da sílica ativa. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIMENTO, 5., 1999, São Paulo. Anais… São Paulo: ABCP, 1999.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 1 (Nenhum com arquivo PDF disponível)
Citações: 2
Índice h: 1  
Co-autores: 8

Resumo

Dados da literatura confirmam que a partícula de escória presente numa pasta de cimento mostra sinais de início de reação a 7 dias de hidratação, permanecendo incompleta mesmo após 28 dias. A sílica ativa reage muito mais rápido, por exemplo, após 7 dias de hidratação a dissolução é tão avançada que as partículas começam a perder sua morfologia esférica. O efeito sinergético da escória e da sílica ativa são evidentes porque diminuem drasticamente a quantidade de CH no concreto ou afetam a morfologia dos seus cristais. Isto tem muita importância no desenvolvimento de resistência mecânica do concreto, visto que a ausência da zona de transição comprimindo cristais de CH, ajuda na formação de uma ligação melhor do sistema pasta-agregado. Todos esses dados levam em conta regimes de cura em que não há elevação de temperatura que influencia bastante a reatividade pozolânica. Um fator relevante para o desempenho dos cimentos com adições é que os quatro fases principais do clínquer não interferem no processo de hidratação da fração de adição e, consequentemente, não afetam o desenvolvimento de resistência à compressão. Logo, tanto o clínquer quanto as adições devem contribuir individualmente para a resistência global de um dado cimento composto. Com objetivo de verificar essas contribuições parciais da sílica ativa e da escória apresenta-se neste trabalho resultados de resistência à compressão até 91 dias de quatro séries de concreto, sendo uma de controle (sem adições), outra com 10% sílica ativa, uma terceira com 30% de escória e a última amostra com uma composição das duas adições (consideradas em substituição à massa de cimento). Os resultados indicam que a contribuição da escória é reduzida pela presença simultânea com a sílica ativa, principalmente sob cura térmica (61ºC). Confirma-se que a maior contribuição da sílica ativa é nas primeiras idades diminuindo nas idades mais avançadas, enquanto a contribuição da escória é crescente até 28 dias, havendo uma tendência para a redução de sua contribuição após 28 dias. A influência da elevação da temperatura nas idades iniciais, considerando ciclos térmicos curtos (até que haja resistência suficiente para remoção de pré-moldados dos moldes, com cura úmida posterior), é maior na contribuição parcial da sílica ativa comparando com a escória.
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