Mais informações

LIMA, M. G. de; HELENE, P. Recomendações de uso de inibidores de corrosão em estruturas de concreto armado. In: SIMPÓSIO SOBRE DURABILIDADE DO CONCRETO, 1998, São Paulo. Anais… São Paulo: IBRACON, 1998. p.01-02.
Clique no nome do(s) autor(es) para ver o currículo Lattes:

Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 11 (Com arquivo PDF disponíveis: 4)
Citações: 17
Índice h: 2  
Co-autores: Nenhum co-autor encontrado

Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 5 (Nenhum com arquivo PDF disponível)
Citações: 16
Índice h: 4  
Co-autores: 36

Resumo

Inibidores químicos de corrosão são substâncias que tem a propriedade de atuar impedindo ou retardando as reações de formação dos produtos de corrosão. Cada inibidor atua de forma diferente, seja em uma etapa de formação do produto de corrosão, seja em uma das reações de formação da pilha eletroquímica. Os inibidores de corrosão são classificados de acordo com essas características de atuação em: anódicos, catódicos ou mistos, dependendo da reação que inibem; seguros e perigosos, de acordo com o comportamento quando em concentração insuficiente para inibir o processo de corrosão; e oxidantes e não-oxidantes, se necessitam ou não da presença de oxigênio dissolvido na fase líquida para proteger o metal. Os inibidores de corrosão geralmente utilizados em estruturas de concreto armado são do tipo anódico (inibem a reação anódica), perigoso (provocam corrosão mais acentuada quando em concentração insuficiente para proteger o metal) e não--oxidantes (necessitam da presença de oxigênio dissolvido na fase líquida para formar os óxidos que protegerão o metal). Os inibidores também podem ser orgânicos ou inorgânicos, de acordo com a classificação geral da Química. Os inibidores podem ser utilizados de várias formas; seja como método preventivo, quando da execução das novas peças estruturais; seja adicionados a materiais de reparo, buscando recuperar a integridade de peças deterioradas. A solução de proteger as armaduras de estruturas de concreto armado e protendido utilizando inibidores de corrosão apresenta-se viável devido às facilidades de utilização, já que não requer mão-de-obra especializada e apresenta custo relativo compatível com outras soluções existentes. Os aditivos inibidores de corrosão são utilizados como qualquer outro aditivo para concreto, isto é, são adicionados ao concreto fresco durante a mistura, na dosagem estabelecida e dissolvidos na água de amassamento. Não se deve esquecer que a ação de inibir a corrosão está fortemente ligada ao fato de que o inibidor deve ser totalmente compatível com o cimento, ou seja, não deve alterar propriedades como resistência, tempos de pega, retração ou provocar reações expansivas. Os estudos referentes à avaliação da influência de substâncias com propriedades de inibir a corrosão das armaduras remontam a década de 50. Desde então, vem-se buscando quantificar a influência destas substâncias no processo corrosivo e nas propriedades de concretos frescos e endurecidos. Devido a esses questionamentos, desenvolveu-se na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, um estudo, em larga escala, utilizando Nitrito, Benzoato e Molibdato de sódio, buscando caracterizar suas influências nas propriedades do concreto fresco e endurecido, bem como suas eficiências frente a corrosão de armadura provocada por cloretos. Os três inibidores estudados foram analisados em 5 diferentes teores, 0, 1, 2, 4 e 6% em relação à massa de cimento. As propriedades analisadas estão relacionadas a seguir, agrupadas de forma a um melhor entendimento do mecanismo de ação: o compatibilidade cimento-aditivo: resistência à compressão, tempos de pega, expansibilidade, água da pasta de consistência normal, calor de hidratação e consistência de argamassas; o concreto fresco: consistência pelo abatimento do tronco de cone, teor de ar incorporado e massa específica no estado fresco; o concreto endurecido: resistência à compressão axial, resistividade elétrica, absorção de água e índice de vazios, o ensaios específicos: potencial de corrosão, ensaio acelerado de corrosão (ASTM G109~92), eflorescência, tensão superficial e pH de soluções contendo os inibidores. Os três inibidores estudados exercem influência nas propriedades analisadas e são eficientes em diferentes teores. Os teores que apresentaram a melhor relação entre "influência não significativa sobre as propriedades analisadas e maior eficiência frente a corrosão provocada por cloretos" e, portanto, recomendados para uso são: o Nitrito de sódio: 1 e 2% em relação à massa de cimento; o Benzoato de sódio: 2 e 6% em relação à massa de cimento; o Molibdato de sódio: 1, 2 e 4% em relação à massa de cimento. Os inibidores de corrosão são eficientes quando tem-se corrosão das armaduras provocada por cloretos, carbonatação ou pela ação dos dois mecanismos em conjunto. Apesar da capacidade de proteção dos aditivos à base de inibidores, tem-se reduzida aplicação no mercado nacional. Isto se deve, provavelmente, à reduzida oferta pelos fabricantes e ao pouco conhecimento pelo meio técnico de como esses produtos funcionam.
-