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Rüther, Ricardo et al. O potencial da geração fotovoltaica integrada a edificações e conectada à rede elétrica pública no brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENERGIA SOLAR, 2007, Fortaleza. Anais... Fortaleza: ABENS, 2007.
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Resumo

Desde o início de sua comercialização, a energia elétrica tem sido fornecida aos consumidores residenciais, comerciais e industriais através de usinas geradoras centralizadas e complexos sistemas de transmissão e distribuição. Estudos indicam que até 2010, de 25 a 30% dos novos sistemas de geração serão distribuídos, ou seja, serão conectados diretamente ao sistema de distribuição secundário. Todas as usinas geradoras convencionais produzem impactos, tais como poluição (e.g. usinas termelétricas), dependência de fornecimento de combustível (e.g. gás natural, óleo, carvão, urânio) ou oposição do público quanto à sua construção e operação (e.g. Usinas nucleares, térmicas a carvão e hidrelétricas). A geração solar fotovoltaica distribuída pode contribuir na mitigação destes impactos. Sistemas fotovoltaicos integrados a edificações urbanas e conectados à rede elétrica pública são a mais recente tendência nesta área em todo o mundo, apresentando a maior taxa de crescimento anual dentre todas as tecnologias de geração elétrica e se justificam porque tanto o recurso energético solar como a demanda energética em edificações urbanas têm caráter distribuído. No estudo de caso apresentado neste trabalho para Florianópolis- SC, foi identificada uma grande quantidade de alimentadores urbanos com picos de carga coincidentes com os períodos de máxima insolação. Áreas comerciais e com grande concentração de cargas de ar condicionado definem alimentadores com curvas de carga que “seguem o sol”. No Brasil, mais de 40% da energia elétrica consumida é utilizada por edificações residenciais, comerciais e públicas. Em capitais como o Rio de Janeiro, em edifícios comerciais e públicos, o ar condicionado é responsável por 50% do consumo de energia elétrica no verão, chegando a 70% em edifícios envidraçados. Neste artigo estas questões são apresentadas e discutidas, com enfoque para o estudo do Fator Efetivo de Capacidade de Carga, que traduz o percentual da potência instalada de um gerador fotovoltaico que pode ser considerada despachável.

Abstract

Since the beginning of commercialization, electricity has been made available to residential, commercial, and industrial consumers through centralized plants and complex transmission and distribution networks. Future trends indicate, however, that before the end of this decade from 25 to 30% of new generating capacity will be distributed, i.e., will be directly connected to the lowvoltage distribution system. All electricity generation systems produce impacts, either as pollution (e.g. thermal units), fuel dependency (e.g. natural gas, oil, coal, uranium), or public opposition to construction and/or operation (e.g. nuclear, coal-fired, hydropower plants). Distributed photovoltaic solar energy conversion can contribute to mitigate these impacts. Grid-connected, buildingintegrated photovoltaic systems are the most recent trend in distributed generation, and the fastestgrowing segment of the electricity generation market, and can be justified because both the solar energy resource and the energy demand in buildings present a distributed character. In the casestudy presented in this paper for the Brazilian capital city of Florianopolis, it was found that a large amount of the urban electricity feeders presents day-time peaking demand curves, coincident with solar radiation profiles. In Brazil, more than 40% of electricity is consumed in residential, commercial and public buildings, and in state-capitals like Rio de Janeiro, air-conditioning loads can be responsible for 70% of the load in glass-envelope buildings. We discuss these issues in the light of the so-called Effective Load Carrying Capacity of photovoltaics (PV-ELCC), which translates the fraction of a photovoltaic generator that can be regarded as dispatchable power.
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