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KRAFTA, Romulo. Desenho urbano e regulamentação urbanística. In: SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA CIDADE E DO URBANISMO, 4., 1996, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: UFRJ, 1996. p. 19-25.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 20 (Nenhum com arquivo PDF disponível)
Citações: 4
Índice h: 2  
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Resumo

0 trabalho procura estabelecer pontos de contato entre a matéria teórica, já vinculada, do Desenho Urbano e os sistemas usuais de controle do desenvolvimento urbano. E, parte da constatação que, de um lado, se tem uma prática fragmentada de controle urbanístico, dividida em considerações estanques à Arquitetura, à Cidade, à conservação, etc; e de outro lado, uma coleção de formulações de projeto urbano, que mesmo integrando essas áreas não chega a configurar procedimentos institucionalizáveis. 0 artigo tenta avançar possibilidades processuais que compatibilizem a posição conceitual com a ação institucional. Contando com a situação de fragmentação e perda da unidade da cidade, com a pluralidade social e a necessidade de afirmação dos diversos segmentos sociais, os planos globais, ou integrais, que procuram abranger toda a cidade dentro de modelos teóricos unitários, perdem crédito, e abrem espaço para considerações mais particularizadas à cidade, que levam em conta o estado de consolidação dos tecidos urbanos, os vínculos concretos dos tempos da sociedade, a narrativa cultural, o lugar urbano e suas especialidades. Daí, emerge uma espécie de desenho-programa, ou desenho-controle, configurado num pré-projeto e em definição de critérios locais morfôlógícos, tipológicos, paísagisticos, funcionais, operativos, etc - que levem a cabo o processo de contínua renovação da cidade sem suprimir o valor das ações individuais, as contribuicões da modernidade, mas também sem perder o sentido da continuidade urbana e cultural, e a qualidade ambiental. Nesse sentido, entram como fundamentais as considerações ao recurso edificado do local, a situação do tecido frente ao desenvolvimento da estrutura urbana, a animação e a sintaxe urbana, a estrutura fundiária, a centralidade, que passariam da instância conceitual e teórica para a prática através de desenhos alternativos, e destes para instrumentos de controle. Estes seriam expressão das relações espaciais e funcionais cabíveis para a área em questão, calibrados no intervalo definido pelas alternativas do desenho. 0 trabalho conclui especificando alguns possíveis controles, bem como especulando sobre os limites de validade de sua aplicação.
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