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NOGUEIRA, Josiane Ramos; SICHIERI, EDUVALDO PAULO. Estudo do potencial pozolânico de cinzas volantes residuais de reatores de leito fluidizado. In: SEMINÁRIO SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL, 2., 2011, Maceió. Anais... MaceiÓ: CTEC, 2011.
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Resumo

A reutilização de resíduos sólidos industriais na produção de materiais para a construção civil e, até mesmo no desenvolvimento de componentes, é algo que vem sendo estudado por pesquisadores em vários lugares do mundo. Com o advento do termo sustentabilidade e seu uso na construção civil a partir da década de 1990, tais estudos se tornaram necessários e, ainda mais difundidos, por conta da exigência ambiental freqüente no mercado atual da construção. Um dos resíduos sólidos industriais mais estudados é a cinza volante. O estudo dessas cinzas, com várias origens, demonstra que esse é um material muito heterogêneo e com características muito dispares. Mas, apesar disso, muitos estudos feitos apontam sua utilização como um material pozolânico ou aglomerante. Diante de tais informações, o objetivo do artigo é caracterizar uma cinza volante residual, oriunda de um reator de leito fluidizado, quanto ao seu potencial pozolânico, e apontar a melhor maneira para utilização desse resíduo sólido industrial na construção civil. O método utilizado é a investigação experimental baseada em normas brasileiras. Para esse trabalho foi utilizado como estudo de caso uma cinza volante, resíduo de um reator de leito fluidizado circulante de uma indústria produtora de alumina e alumínio. Esse reator é alimentado com carvão mineral, areia e calcário dolomítico, sendo a cinza resultado da queima desses três materiais em um leito fluidizado. A primeira etapa do método foi buscar junto à normalização brasileira, quais são as normas que estabelecem parâmetros e procedimentos de ensaio, para identificar o potencial pozolânico de materiais, elegendo quais ensaios deveriam ser feitos. A segunda etapa foi executar os ensaios: teor de umidade, perda ao fogo, material retido na peneira 45 µm, índice de atividade pozolânica com cimento e índice de atividade pozolânica com cal. Os parâmetros químicos e físicos são estabelecidos pela ABNT NBR 12653/1992, que classifica as cinzas volantes como classe C: cinza volante produzida pela queima de carvão mineral em usinas termoelétricas. Com os resultados dos ensaios foi possível afirmar que a cinza volante estudada tem grande potencial pozolânico, mas não é um material pozolânico. Os principais ensaios como, índice de atividade pozolânica com cimento e atividade pozolânica com cal provam isso com os respectivos resultados: 65% de índice para a pozolanicidade com cimento, quando a norma estabelece um índice mínimo de 75%; e 0,8 MPa como resultado da pozolanicidade com cal, quando a norma estabelece no mínimo 6 MPa para materiais de classe C. Com todos os resultados dos ensaios já citados, foi possível precisar a caracterização da cinza volante estudada e, confirmar que seu uso é mais favorável como filler, em conjunto com o agregado, do que como aglomerante. Palavras-chave: cinza volante, pozolanicidade, reutilização de resíduos.
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