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JUNIOR, Armando Borges de Castilhos; OLIVEIRA, Flávio Batista de. Diagnóstico do manejo de produtos residuários do uso de agrotóxicos na bacia hidrográfica do Cubatão do Sul. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 21., 2001, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABES, 2001.
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Resumo

Este trabalho teve como principal propósito diagnosticar a situação do Manejo de Produtos Residuários do Uso de Agrotóxicos, na Bacia Hidrográfica do Cubatão do Sul, pertencente a vertente do atlântico, no litoral central do Estado de Santa Catarina. Também são apresentadas recomendações para a gestão desses produtos residuários. A pesquisa esta baseada, principalmente, nos dados obtidos com a aplicação de questionários. A população observada foi composta por 170 famílias de produtores rurais, que representam 10% do total, envolvendo 28 comunidades locais. A amostragem realizada foi do tipo aleatória simples. O estudo foi complementado com revisão de literatura centrada nos últimos 25 anos, período em que ocorreu a grande difusão de agrotóxicos no Brasil. Os dados levantados correspondem a quatro blocos de informações que são: identificação da atividade rural; manejo e uso de agrotóxicos; manejo de produtos residuários do uso de agrotóxico e saúde no trabalho rural com agrotóxicos. Os atributos amostrados foram padronizados em categorias, agrupados em arquivos e totalizados, recebendo tratamento computacional, resultando em tabelas e figuras, que foram analisadas. Procurou-se, destacar a importância e a necessidade da existência de avaliações consistentes e sistemáticas, na proposição e implementação de tecnologias para a gestão ambiental. Em relação ao manejo de produtos residuários do uso de agrotóxicos, os resultados evidenciaram que a formação e a acumulação ambiental desses resíduos estão relacionadas ao descaso institucional e comunitário com esta questão. As embalagens vazias dos xenóbióticos, geradas na agricultura, são mais de 27 mil unidades/ano, sendo que em 70%, não procedem de aquisições de pesticidas do comércio local. Esses recipientes são compostos por plásticos em 49%; papelão 1,1%; papel 45,8%; vidro 3,3% e metal 0,8%, totalizando uma pesagem acima de 2 toneladas, desses materiais. No estudo desenvolvido obre a gestão dos produtos residuários do uso de agrotóxicos, na Bacia Hidrográfica do Cubatão do Sul, foi diagnosticado que as embalagens vazias estão sendo destinadas em 40% para queima ao ar livre, 12% enterradas aleatóriamente, 36% diretamente no meio ambiente e somente 12% são beneficiadas em programas de gestão (coleta comunitária de embalagens agrotóxicas e fosso de lixo tóxico). Os produtos fitossanitários não utilizados, as sobras das caldas de aplicação e demais resíduos, têm recebidos as mesmas destinações das embalagens vazias, com os seguintes percentuais: queima – 24%; enterrio – 20%; meio ambiente – 49% e programas de gestão – 7%. Na etapa final da gestão de resíduos tóxicos constatou-se que apenas 8,7% dos materiais residuários foram valorizados e a grande maioria 91,3% são descartados no meio ambiente, sem qualquer preocupação ou manejo.
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