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CAVALCANTI, Patrícia Biasi; AZEVEDO, Giselle Arteiro Nielsen; ELY, Vera Helena Moro Bins. Indicadores de qualidade ambiental para hospitais-dia. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 9, n. 2, p. 73-86, abr./jun. 2009.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 4 (Nenhum com arquivo PDF disponível)
Citações: 5
Índice h: 1  
Co-autores: 16

Resumo

O presente artigo apresenta os resultados de visitas exploratórias realizadas em 31 unidades de hospital-dia e de quimioterapia do Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis. Esta pesquisa teve como objetivo definir aspectos determinantes da qualidade ambiental e da apropriação na percepção de seus usuários. Foram realizadas observações diretas e entrevistas semi-estruturadas, focando em aspectos organizacionais, perceptivos, comportamentais e ambientais. O trabalho fundamenta-se no conceito de distrações positivas, interpretando-o como a possibilidade de proporcionar uma postura mais ativa ao paciente de forma que ele possa desviar seu pensamento do processo de tratamento e da própria dor. As visitas confirmaram que os ambientes de hospital-dia não costumam estar capacitados para atividades de interesse dos pacientes. Além disto, os resultados permitiram identificar atributos ambientais de grande relevância para os usuários, tais como: privacidade, controle das condições ambientais, polivalência e variabilidade da organização e arranjos espaciais. Estes resultados podem assim contribuir para a humanização destes ambientes . Discute-se sobre a possibilidade de que o hospital-dia torne-se uma extensão dos locais que o indivíduo vivencia em seu cotidiano, permitindo usos que são parte de sua rotina.

Abstract

This article presents the results of exploratory visits made to 31 day-hospital and chemotherapy units in Rio de Janeiro, São Paulo, and Florianópolis. The aim of this study was to determine key aspects of environmental quality and patients' perception of belonging to that space. Direct observations and semi-structured interviews were carried out, focusing on organizational, perceptual, behavioral, and environmental aspects. The study was based on the concept of positive distractions, which is interpreted as an environment that supports an active attitude by the patients, in order to allow them to divert their thoughts from the treatment process and pain. The visits confirmed that the day-hospital environments are not usually prepared to provide activities that interest patients. Moreover, environmental attributes considered to be important by the patients were identified, such as privacy, control of environmental conditions, spatial arrangement variability and multiplicity. Such results may contribute to humanize the hospital setting. The paper also discusses the possibility of day-hospital units becoming an extension of the places that individuals experience in their daily lives, allowing uses that are part of their routine.
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