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KREMER, Adriano. A influência de elementos de obstrução solar no nível e na distribuição interna de iluminação natural em escolas. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 3 (Com arquivo PDF disponíveis: 1)
Citações: 10
Índice h: 1  
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Resumo

O correto aproveitamento da iluminação natural é inseparável do bom projeto de arquitetura, entretanto a maior parte dos projetistas ignoram ou desconhecem os conceitos de iluminação, ficando a sua aplicação comprometida. Já é conhecido de outrora, que a maior restrição ao uso da iluminação natural é o ganho de calor das aberturas provocado pela irradiação solar direta nas aberturas. Para amenizar estes ganhos de calor são utilizados elementos de proteção com a função de promover o sombreamento das aberturas. Entretanto, estas proteções apresentam uma dualidade: calor versus luz. Ao mesmo tempo que barram o sol e amenizam os ganhos solares, as proteções podem influenciar negativamente na distribuição e no nível de iluminação internos. O presente trabalho visa contribuir para a melhoria deste quadro, investigando o aproveitamento e o comportamento da iluminação natural em edificações escolares públicas municipais de Florianópolis. Inicialmente são desenvolvidas medições in loco a fim de caracterizar a real situação das escolas frente ao fenômeno de estudo. Em seguida, são realizadas simulações computacionais através do software Lightscape v. 3.2, a fim de avaliar as condições atuais, realizando um estudo paramétrico com o objetivo de detectar possíveis relações entre o nível de iluminação interno, a orientação da abertura e o sistema de iluminação. Para melhorar a qualidade da distribuição interna e reduzir o ganho solar térmico, também propõe-se trabalhar com elementos de obstrução solar e analisar a sua influência no comportamento interno da iluminação. Os resultados encontrados demonstram o baixo aproveitamento da iluminação natural no protótipo escolar investigado, evidenciando a falta de preocupação ambiental relacionada, sobretudo, com a orientação das aberturas e inexistência de elementos de controle. As medições de campo (iluminância e luminância) atestam este descaso e comprovam a vulnerabilidade e displicência das salas frente a incidência e penetração dos raios solares. As simulações computacionais mostram o melhor comportamento lumínico tanto quantitativamente (níveis de iluminação) como qualitativamente (distribuição) das salas com sistema de iluminação bilateral em relação as salas com sistema unilateral. Os ensaios simulacionais demonstram que a inserção dos elementos de obstrução provocam uma melhora no comportamento interno com relação ao controle da insolação e à distribuição interna da iluminação, mas prejudicam o desempenho frente ao nível de iluminação interno. Com relação a orientação das aberturas, os resultados comprovam uma melhor performance das salas com orientação Norte-Sul em relação às salas orientadas no sentido Leste-Oeste. Pelos resultados das simulações computacionais, também atesta-se a grande influência do índice de refletância das superfícies no nível e na distribuição interna da iluminação. O trabalho gera uma metodologia de avaliação da iluminação natural através da classificação dos parâmetros de análise. Também concebe-se recomendações para que os projetistas da região busquem o balanço da equação térmica versus lumínica e possam tirar proveito dos princípios bioclimáticos para alcance da qualidade ambiental e visual do espaço construído, otimizando os gastos com energia artificial
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