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CANDIDO, Christhina et al. Aplicabilidade dos limites da velocidade do ar para efeito de conforto térmico em climas quentes e úmidos. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 10, n. 4, p. 59-68, out./dez. 2010.
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Citações: 40
Índice h: 5  
Co-autores: 45

Resumo

Este trabalho discute os limites dados para a velocidade do ar pelas normas ASHRAE 55 (2004) e ISO 7730 (2005). Para tal, realizou-se uma análise comparativa entre os valores-limite para a velocidade do ar definidos por essas normas e as respostas dos usuários em relação à preferência e aceitabilidade do movimento do ar obtidas em experimentos de campo realizados em Maceió/AL. Resultados indicam que ambas as normas especificam valores para a velocidade do ar inferiores aos desejados pelos usuários. Os resultados da preferência do movimento do ar indicam que significativa percentagem dos usuários demanda “maior movimento do ar”. Quando associada às respostas da aceitabilidade do movimento do ar, a insatisfação dos usuários ficou mais evidente, assim como a demanda por maior velocidade do ar. O mesmo movimento de ar, considerado como inaceitável em climas frios e temperados, é desejado pelos usuários em climas úmidos. Nesse contexto, a aplicabilidade de limites máximos para a velocidade do ar provenientes de estudos com características climáticas diferentes deve ser evitada. Tais limites devem vir de resultados de experimentos de campo em ambientes naturalmente ventilados, onde os usuários possam utilizar de oportunidades adaptativas para reestabelecer o conforto térmico. Futuras normas brasileiras devem focar em tais questões, visando limites de velocidade que correspondam à expectativa dos usuários em climas quentes e úmidos.

Abstract

This article discusses the air velocity limits established by ASHRAE 55 (2004) and ISO 7730 (2005). A comparative analysis was developed between those air velocity limits and users’ answers for air movement preferences and acceptability, obtained in field experiments carried out in the city of Maceio, Alagoas, Brazil. The results suggest that the air velocity limits specified by those standards are lower than those required by users. The results indicate that a significant percentage of users demand “more air movement”. When those results were combined with the answers on air movement acceptability, the number of unsatisfied users increased, as well as the demand for higher air velocity levels. The same air movement that is considered unacceptable in cold or temperate climates is desirable in hot-humid climates. Therefore the application of maximum air velocity limits from studies carried out in a climate that has different characteristics should be avoided. Air velocity limits should be defined based on field experiments in naturally ventilated indoor environments where adaptive opportunities are available in order to re-establish users’ thermal comfort. Future standards in Brazil should consider these issues, in order to establish air velocity limits that can meet users expectations in hot-humid climates.
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