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PEREIRA, Fernando Oscar Ruttkay; PEREIRA, Roberto Carlos; CASTAÑO, Alexander González. Quão confiáveis podem ser os modelos físicos em escala reduzida para avaliar a iluminação natural em edifícios?. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 131-147, jan./mar. 2012.
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Resumo

A iluminação natural apresenta-se como uma das estratégias individuais de maior potencial para a redução do consumo de energia nos edifícios. Para a realização desse potencial é essencial caracterizarprecisa e quantitativamente o ambiente luminoso. Há várias décadas,modelos físicos em escala reduzida tem sido empregado para a avaliação dailuminação natural. Entretanto, apesar dos benefícios, o método tem sido alvo decríticas que apontam os erros encontrados como sendo deficiências intrínsecasdele. Este estudo visa avaliar duas das fontes de erro mais citadas: medição sobcondições de céu real, e o efeito de escala. O estudo foi desenvolvido em duas etapas: (a) comparação de iluminâncias medidas simultaneamente num ambiente real e num modelo físico em escala reduzida, expostos ao céu real; e (b)comparação de iluminâncias medidas em modelos físicos construídos em três diferentes escalas, submetidos a um céu artificial do tipo “caixa de espelhos”. Na primeira etapa, os erros foram inferiores a 5%, exceto naquelas situações em que a componente refletida foi relevante. Na segunda etapa, os resultados foram aindamelhores, mostrando uma insignificância do efeito de escala, com divergênciasinferiores a 4%. Através deste estudo, é possível afirmar que o método é confiável,desde que cuidados sejam tomados na confecção dos modelos e nas medições, em especial no que tange às propriedades ópticas das superfícies, condições de exposição dos modelos (entorno), precisão dimensional e procedimentos fotométricos.

Abstract

Daylight is one of the individual strategies with greatest potential for reducingenergy consumption in buildings. To realize this potential it is essential tocharacterize the environment precisely and quantitatively. For decades, reducedscalephysical models has been employed for daylight evaluation. However,despite its benefits, this method has been the target of criticisms that have pointedout errors as intrinsic shortcomings. This study aims to evaluate two of the mostcited sources of error: measurement under real sky conditions, and the effect ofscale. The study was divided into two stages: (a) comparison of illuminancesmeasured simultaneously in a real environment and a physical model in reducedscale, exposed to the real sky; and (b) comparison of illuminances measured inphysical models built in three different scales subjected to an artificial "mirrorbox”-type sky. In the first stage, the results showed errors less than 5%, except inthose situations where the reflected component was relevant. In the second step,the results were even better, showing that the scale effect was insignificant, withdifferences less than 4%. The results clearly indicate that this method is reliable,provided care is taken in producing the models and the measurements, especiallyregarding the optical properties of the surfaces, the conditions of exposure models(surroundings), dimensional accuracy, and photometric procedures.
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