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RUBERG, Claudia. Os resíduos sólidos e a sustentabilidade urbana: um plano de pesquisa. In: NUTAU: SUSTENTABILIDADE, ARQUITETURA, DESENHO URBANO, 4., 2002, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 2002. p. 1552-1559.
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Número de Trabalhos: 4 (Com arquivo PDF disponíveis: 2)
Citações: 1
Índice h: 1  
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Resumo

O tipo e a quantidade de resíduos sólidos gerados depende de uma série de fatores, como: crescimento populacional, renda, atividade comercial e industrial, tecnologia disponível. A cada dia maior é a quantidade de resíduos gerados, sendo seu crescimento até mesmo superior ao crescimento populacional. Na gestão dos resíduos são necessários espaços, estruturas e equipamentos para o desenvolvimento das atividades. As principais alternativas adotadas para a problemática dos resíduos são: o afastamento e o tratamento através da incineração, reciclagem ou compostagem. Todas as opções exigem adaptações espaciais para comportar as atividades. No Brasil, 76% dos resíduos coletados é disposto em “lixão”, onde permanecem a céu aberto, degradando e poluindo o meio ambiente e provocando problemas sanitários e sociais. Ainda segundo os dados do IBGE de 1989, apenas 10% dos resíduos têm destino adequado, em aterro sanitário, e aproximadamente 1% dos resíduos sofre algum tratamento. Grandes áreas para destino final são necessárias, e nas megacidades e conurbações urbanas a problemática dos resíduos é agravada devido à escassez de áreas adequadas para aterro sanitário. A redução do volume de resíduos encaminhado para aterramento é uma meta, para que o lixo não se torne um fator limitante ao desenvolvimento da cidade. A pesquisa pretende colocar a questão do tratamento e destino final dos resíduos sólidos sob o ponto de vista da sustentabilidade urbana, de que forma estes sistemas interferem na estrutura da cidade, aumentando ou diminuindo a qualidade de vida dos cidadãos no presente, e o comprometimento no futuro. Os sistemas de gerenciamento de resíduos adotados atualmente nas cidades brasileiras estão conduzindo rapidamente ao limite de seu desenvolvimento. Se por um lado as cidades sentem a necessidade da adoção de sistemas para gerenciar os resíduos por ela gerados, por outro lado, esses sistemas devem garantir a sustentabilidade urbana.

Abstract

The sort and the amount of the produced solid wastes depend on several factors: population growth, income, commercial activities and the available technology. Day after day, the greater is the amo unt of the produced solid wastes, being such increase even superior to the population growing rate. Spaces, structures and equipment are necessary to manage solid wastes. The main alternatives are: the remoteness and the treatment by incineration, recycling and composting. All options need spatial adaptations. In Brazil, 76% of the colleted solid wastes are disposed in open dumps, areas open to the sky, degrading and polluting the environment, causing sanitary and social problems. According to IBGE 1989 data, only 10% of the residues have adequate destination, to sanitary landfills, and approximately 1% of the residues have any kind of treatment. Large areas are necessary, and in mega cities and metropolis, the problems are aggravated by the lack of adequate areas for sanitary landfills. The volume reduction of the residues send to the sanitary landfills is one target. Solid wastes cannot be a limit for the city development. This research intends to treat the issue of treatment and final destination of solid wastes by the sustainability point of view. The aim is to study the interactions with the city structure, increasing or decreasing the citizen’s quality of life at the present moment, and its consequences for the future.The solid wastes management systems adopted by Brazilian cites are reaching their limits. Cities need to manage their solid wastes, but must guarantee urban sustainability.
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