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CARVALHO, Maria Cândida Medeiros de Paula; ELALI, Gleice Azambuja. Centro integrado de paisagismo: uma proposta com ênfase na sustentabilidade ambiental. In: NUTAU: SUSTENTABILIDADE, ARQUITETURA, DESENHO URBANO, 4., 2002, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 2002. p. 1497-1507.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 1 (Com arquivo PDF disponíveis: 1)
Citações: 4
Índice h: 2  
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Resumo

Estamos assistindo a uma importante mudança paradigmática: a transição de uma sociedade preocupada com o consumo/exploração para uma nova sociedade, que visa o equilíbrio das relações homem-ambiente em prol de um futuro saudável para as próximas gerações. Para evitar que se tornem escassos os recursos naturais essenciais à própria vida, um dos desafios é a alteração dos hábitos/costumes da população, entre os quais encontra-se o modo de projetar o ambiente construído. Para tanto, educar através de exemplos e experiências é uma alternativa a ser explorada. Sob esta perspectiva, a sustentabilidade ambiental tornou-se a tônica do projeto do “Centro Integrado de Paisagismo”, um espaço destinado à produção e comercialização de componentes para a execução/manutenção de projetos paisagísticos, bem como à educação de interessados na área. A proposta prioriza a integração dos elementos da paisagem (os preexistentes e os que foram inseridos), a fim de: garantir/restabelecer a biodiversidade; minimizar o consumo de recursos; evitar a poluição do ar, solo e água; proporcionar saúde, segurança e conforto aos usuários. Para tanto, os ciclos dos diversos fatores foram detalhadamente analisados (re-aproveitamento da água e resíduos sólidos, uso de energia solar e eólica, etc.) de modo a, através de tecnologias adequadas, obter-se a maximização do potencial de uso dos recursos existentes, agredindo minimamente o meio. Além disso, a Arquitetura priorizou materiais e mão de obra locais, buscando obter conforto através de práticas social e ambientalmente coerentes. Reconhece-se, assim, que, além de uma questão técnica, o “ideal” de um ambiente auto-sustentado só será concretizável se cada pessoa, como parte integrante do (ecos)sistema, entender que pode (e deve) fazer o seu papel, contribuindo para a preservação ambiental e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida da comunidade.

Abstract

We have been watching an important paragon’s changing: the transition from a society worried about consumption/exploration to a new society which looks forward to balancing the man-environment relationship in favor of a healthy future to the next generations. In order to avoid that essential natural resources become lean, one of the challenges is changing the population’s habits/costumes such as the way of projecting the built environment. For the purpose of do so, teaching through examples and experience is an explored-to-be alternative. Under this perspective, the environmental sustainability became the “Landscape Integrated Center” project’s fundamental factor, a place destined to production and commercialization of components for the execution/maintenance of landscape projects, as well as educating people interested in the area. The proposal puts in the first place the landscape elements integration (the pre-existent and the inserted ones), and its objectives are: guarantee/re-stabilize the biodiversity; minimize the resources consummation; avoid air, soil and water pollution; provide health, security and comfort to the users. In order to do so, the many factors cycles were analyzed (water and solid residues re-utilization; sun and wind energy use, etc.), in a way to get, through suitable technology, the existent resources use potential increasement, without hurting the environment. Besides, Architecture takes priority to local materials and workers, searching for comfort through practices socially and ecologically coherent. This way, it is admitted that besides a technical question, the self-sustented environment “ideal” only will be materialized if each person, as a part of the (eco)system, understand that they can (and should) play their roles, contributing to environment preservation, and, consequently, a better quality of life for the community.
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